História da Raça
O Golden tem ancestrais britânicos (seu nome, em inglês, significa: Golden = dourado; Retriever = aquele que resgata). Foi resultado de anos de cuidadosa e planejada seleção, realizada no século XIX por Sir Dudley Marjoriebanks - mais tarde o primeiro Lorde Tweedmouth - na Escócia, com o objetivo de criar um cão capaz de buscar o animal abatido e entregá-lo, intacto, a seu dono.
A história original sobre a raça foi refutada a partir de 1952, quando veio a público um manuscrito de Lord Tweedmouth contando como de fato teria ocorrido a seleção. A descoberta dos registros foi feita, segundo o "Complete Dog Book of American Kennel Club", pelo sexto conde de Ilchester, sobrinho do Lorde, historiador e esportista.
A versão anterior sobre o aparecimento da raça, agora tida como lenda, conta que tudo teria começado com a suposta compra dos cães de um circo russo feita pelo Lorde Tweedmouth em Brighton, sul da Inglaterra, atraído pela esperteza, inteligência e pelo tom amarelado dos olhos daqueles cães de mais de 45 quilos, pelagem grossa e pesada e com cerca de 76 cm de altura. O Lorde interessou-se por dois deles, mas foi obrigado a comprar o grupo todo, composto por 8 cães. De Brighton, ele os teria levado para uma propriedade chamada Guisachan, na Escócia, onde caçava cervos. Mais tarde para reduzir o tamanho e melhorar o faro destes cães, teria feito um cruzamento com o Bloodhound.
Embora a maioria dos pesquisadores não encontrem fundamentos nesta versão, alguns acreditam que é possível que esta seja uma das origens da raça que também foi desenvolvida em outros canis além do nosso já conhecido Sir Dudley. Lenda ou não, o Golden foi, no início de suas apresentações, exibido com o nome de Retriever Russo. Nas últimas duas décadas, criadores vêm aprimorando a raça e basicamente criando-os em duas variedades: o cão para show e o cão para trabalho (caça). Embora as duas variedades tenham as mesmas exigências em termos de padrão da raça, o cão de show tende a ter o pelo mais claro para dourado médio, com o crânio e o focinho mais largos. Também tem os ossos mais pesados, tem as patas mais curtas e com o pelo mais longo. Por outro lado o cão de caça é mais leve e mais esguio, o crânio e o focinho são mais estreitos, o pêlo mais escuro e curto.
Outra versão conta-nos que este mesmo Lord e o seu filho, Lord Ilchester, encontraram-se em Brighton, por volta de 1860, com um sapateiro que possuía um jovem Retriever amarelo, provavelmente um produto dos cruzamentos que haviam sido feitos. Decidiram comprar o cão e chamaram-lhe “Nous” (em gaélico, sabedoria). No ano de 1868, “Nous” foi acasalado com “Belle”, uma fêmea Tweed Water Spaniel. Daqui nasceram três filhotes amarelos, ninhada que foi considerada a derradeira raiz do Golden Retriever. Um dos filhotes, de nome “Crocus” foi oferecido a Edward Marjoribanks (IIº Lord de Tweedmouth), enquanto os outros três filhotes da ninhada (“Cowslip”, “Primrose” e “Ada”) continuaram a sua vida na propriedade. Em 1872, volta a dar-se outro acasalamento e a ninhada nascida, foi oferecida ao sobrinho do I Lorde, o V Conde de Ilchester, que passou assim a constituir a sua linhagem própria de Retrievers, conhecida mais tarde pelo nome “Melbury”. Através das anotações particulares do I Lorde, foi possível descobrir como os acasalamentos foram sendo cuidadosamente planeados desde 1868 até a última ninhada, nascida em 1889/1890.
Em 1908, esta raça participa pela primeira vez numa exposição canina na Inglaterra, na categoria de Golden Flat-Coats. Apenas em 1913, altura na qual é fundado o Golden Retriever Club of England, é que vê ser-lhe atribuído o nome pelo qual a conhecemos hoje.
Originalmente especializados para recuperar caça, os Goldens Retrievers desempenham hoje um vasto leque de tarefas tais como guia para cegos, pastoreio ou farejador de droga.
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