História da Raça
O Vizsla de pelo curto, cujo exato nome atual na Hungria é RÖVIDSZÕRÜ MAGYAR VIZSLA (Braco Húngaro de Pelo Curto), pode parecer uma raça nova para o mundo ocidental, mas talvez seja uma das raças mais antigas da Europa e provavelmente o ancestral da maioria dos cães de caça e aponte continentais, havendo sido encontradas pinturas sugestivas da raça em pedras da região montanhosa do leste europeu que datam de mais de 1.000 anos atrás.
Apesar de o Vizsla ter sido reconhecido como raça há alguns séculos, ele nunca foi muito popularizado, pois era um cão controlado pelo Estado e restrito à nobreza.
Os registros históricos indicam que os nômades húngaros do século 10, pastores e caçadores, treinavam e desenvolviam seus Vizslas para servir de companheiros de caça, cujas funções eram achar, apontar ou buscar pequenas caças, bem como seguir a trilha de grandes caças feridas.
No século 13 o Vizsla de cor dourada (Golden Vizsla), chamado de "Yellow Pointer", foi reconhecido como uma raça distinta, e aclamado como um cão de companhia de campo.
O registro escrito da palavra Vizsla, relacionando-se a cão, foi encontrado pela primeira vez no Glossário Berstence, no final do século 14. Supõe-se, etimologicamente, que tal denominação tenha vindo da base mais antiga do idioma húngaro, cuja raiz "vizs" significa "procurar".
Documentos de correspondência entre as províncias de Danúbio e a corte do Sultão de Istambul, durante a ocupação turca da Hungria (1526-1686), tratam sobre a chefia da criação da raça Vizsla, tratando a raça como um patrimônio.
No século 18 foram finalmente estabelecidos oficialmente os critérios e registros da raça pura no país, e o até então famoso "Golden Vizsla" passou a ser documentado como "Magyar Vizsla".
Os Vizslas eram os cães preferidos dos barões e militares de altas patentes e, com a evolução da nobreza e dos grandes senhores de terras, a raça foi preservada em toda sua pureza pelos séculos.
Apesar de existir uma pequena desconfiança que os ancestrais dos Vizslas eram cães de caça de tribos asiáticas, que invadiram as terras da Europa Central antes do século 10, isso em nada desqualificou a raça, podendo até mesmo ter ajudado no processo evolutivo.
O Vizsla foi estabelecido e registrado como raça, ainda que de forma não oficiosa, há pelo menos 300 anos antes dos nobres da Corte de Weimar ajustar o desenvolvimento do Weimaraner, por volta do ano de 1810, ou, ainda antes do primeiro Pointer Inglês ser introduzido no Reino Húngaro, no ano de 1880.
Através dos séculos o Vizsla era conhecido como "presente dos reis", e a criação era restrita à nobreza do Grande Reino Húngaro
O Vizsla sustentava o título de "Pointer Nacional da Hungria" e até pouco tempo era especialmente protegido (controlado) pelo Estado, que tinha como objetivo manter os mais altos padrões da raça.
A FCI (Fédération Cynologique Internationale), organização mundial que tem maior credibilidade em classificação/padronização das raças caninas, veio a reconhecer o Vizsla de Pelo Curto Húngaro em 1936, como resultado da campanha moderna de criação da raça, que tomou vulto em 1920.
Hoje, os critérios e informações com maior credibilidade sobre o Vizsla de Pelo Curto, no que diz respeito à padronização melhor aceita internacionalmente, encontram-se documentados no "Padrão FCI Nº 57. de 13.09.2000".
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