História da Raça
O Barbet é um cão de água originário de França. Utilizada pelo menos desde o século XVI na caça, a sua origem remonta até à antiguidade.
Acredita-se que o Barbet é descendente dos cães pastores com pêlo encordoado do Norte de África que foram trazidos para a Europa pelos Mouros quando ocuparam a Península Ibérica nos séculos XVII e XVII. É possível que estes cães tenham sido cruzados com os cães indígenas e dado origem às raças atuais de cães pastores e de água. Contudo é igualmente provável que os cães asiáticos possam ter chegado à Europa e terem também sido cruzados com raças locais e dado origem a uma multiplicidade de tipos.
Sabe-se que os cães deste tipo se espalharam rapidamente na Europa, Portugal, Espanha, França e Itália, onde o cruzamento com os cães locais os ajudou a adaptarem-se ao terreno, clima e tarefas que lhes eram exigidas pelos caçadores, pastores e pescadores.
A primeira referência escrita a um cão de água surge em 1387 pelos relatos de Gascon. Mais tarde, em 1570, em Canibus Britannicus, é feita a primeira tentativa de categorização das raças caninas conhecidas, sendo uma delas o cão de água. A partir daqui, a referência começa a surgir com mais frequência.
Até ao século XIX, a palavra Barbet servia para denominar todos os cães com “barba” ou algo semelhante. Barbet e Poodle eram sinônimos para o mesmo tipo de cão, na metade do século, o Poodle foi categorizado e em 1880 foi escrito o estalão do Barbet.
A raça esteve em perigo de extinção durante as duas Guerras Mundiais. Antes da II Guerra Mundial, existiam apenas dois criadores de Barbets no mundo e situavam-se ambos na França. Quando a guerra acabou, havia apenas alguns exemplares. Passados 20 anos, dois canis diferentes tentaram recuperar o Barbet. Um usando os cães que sobreviveram, outro tentando recriar do início através de cruzas de cães de raças diferentes o Barbet original. Eventualmente as duas linhas acabaram por se cruzar, beneficiando a raça.
Hoje em dia o Barbet é uma raça rara e ainda ameaçada.
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