BICHON FRISÉ

	Raça	Bichon Frisé
	País de Origem	Belgica / França
	Porte	Pequeno
	Indicações	Cão de companhia
	Necessidade de Exercícios	Média / Alta
	Temperamento	Jovial, Alegre e Dócil
	Adestrabilidade	Média / Alta
História da Raça O Bichon Frisé é uma raça muita antiga, das espécies raças Bichon, que compreende o Maltês, o Bolonhês e o Havanês. As diferenças entre eles foram-se demarcando com o passar do tempo, e com a variedade de locais onde iam sendo criados. Não há certeza acerca da sua origem mas é reconhecido como uma raça franco-belga. O Bichon Frisé ("Bicho" em francês significa preparar-se com vaidade e Frisé significa encaracolado) possui uma ligação genealógica direta com o Maltês e o Poodle, e as três foram simultaneamente cruzadas entre si, ao longo de vários anos. Alguns registos históricos contam como, por volta do século XII, pequenos cães brancos de pelo longo, eram dados como presente e lembranças, um pouco por toda a Europa. A sua origem é, pois, ainda hoje, incerta. Mas ainda que se existam alguns desacordos parece ser certo que a sua origem seja os países mediterrânicos, particularmente Itália. Seria então um cruzamento do Poodle e Maltês. Outras correntes defendem que a sua origem surge no Tenerife, ilha pertencente ao arquipélago das Ilhas Canárias, na costa de Espanha, pela mão de marinheiros do século XIV. A sua expansão para a Europa deu-se a partir do século XV, quando passou a ser conhecido como um cão típico das famílias reais. Companheiros e muito resistentes, foram tendo aceitação, especialmente na Espanha (onde eram chamados de Teneriffe) e na França. Neste país, na corte de Henrique III (1547/1589), eram mimados e enfeitados a tal ponto que teriam originado o verbo "bichonner", que em francês significa "enfeitar". O rei Henrique III, grande apreciador de cães pequenos e felpudos, acolheu esta raça como a sua preferida. Os gastos que fazia com eles eram de tal ordem, que começaram a causar polémica no seio da corte. De qualquer modo, e seguindo a influência causada pelo rei, estes animais tornaram-se quase obrigatórios nas cortes europeias. A raça prospera até Napoleão III, altura em que o seu prestígio começou a entrar em decadência no seio das cortes europeias, e damos conta da sua criação por pessoas do povo. Passa a ser o companheiro dos amoladores de rua e a fazer parte das companhias de circo. Assim, os seus antepassados de ligação ao homem fazem dele um animal de estimação muito sensível. Os italianos descobriram estes cães durante o Renascimento, mas foram os franceses que, posteriormente, reivindicaram a origem do Bichon. Com a 1ª Grande Guerra Mundial a raça ficou quase extinta, sendo que o que lhe valeu foram os esforços do Kennel Club Francês, que conseguiu recuperá-los e oficializou a raça a nível nacional em 1934, e a nível mundial durante a década de 1970. É uma raça muito confundida com os Poodles. Nos Estados Unidos, o primeiro casal chegou em 1956, e a raça foi reconhecida em 1972. São, atualmente, depois da Bélgica e França, os maiores criadores de Bichon Frisé do mundo. No Brasil a raça foi introduzida em 1978, com um casal trazido dos Estados Unidos pela criadora Sônia Ehlermann. Imortalizado em algumas pinturas de Goya, foi no Renascimento que essa raça encontrou o seu período de maior esplendor. É ainda hoje muito apreciado como animal de companhia.
Uma atitude alegre é a principal característica da personalidade do Bichon. Este cão gosta de ser amado, gosta de ser o centro das atenções, e é perito em fazer charme para  seus familiares, vizinhos, ou até mesmo com seu veterinário tem uma personalidade vencedora.  Aqui cabe um lembrete, a maioria dos donos de cães pequenos, tende a mimá-los, o que geralmente conduz a desvios de personalidade, que farão com que este cão se considere o líder, e em pouco tempo você estará atendendo a todas as suas vontades, o que não é saudável nem para você nem para o seu cão. O Bichon tem um traço independente e brincalhão, mas isso não significa que ele goste de ficar sozinho. Na verdade, esta raça odeia ficar sozinho e geralmente sofre de ansiedade de separação, se deixado só por longos períodos de tempo o Bichon pode desenvolver comportamentos destrutivos como, mastigar e rasgar o que estiver ao seu alcance. Obviamente, o Bichon não é uma raça da escolha para as pessoas que ficam longe de casa por longos períodos de tempo (aliás, nenhum cão é). Apesar de adaptar-se bem a vida em apartamentos o Bichon é um cão que tem muita energia, e para que ele não gaste este excesso de energia em casa, com brincadeiras que podem com certeza causar prejuízos recomendamos uma rotina diária de caminhadas e brincadeiras a fim de drenar-lhe esse excesso de energia, muito bom com crianças, mas recomenda-se sempre a supervisão de um adulto, pelo que uma brincadeira mais estabanada pode macucar ao cão ou mesmo a criança. O Bichon é uma raça muito inteligente, ocupando a 45ª posição no ranking de inteligência canina de acordo com o livro A Inteligência dos Cães de Stanley Coren, logo precisam ser ensinados boas  maneiras caninas adequadas, por isso é muito benéfico inscreve-lo em aulas de treinamento de obediência, desde filhote o que pode ser muito gratificante tanto para o Bichon quanto para seu dono. Como para qualquer cão recomenda-se que o Bichon seja socializado com outras pessoas e animais desde filhote, a socialização garante ao Bichon o desenvolvimento de uma personalidade equilibrada.
De maneira geral e desde que vacinado e vermifugado corretamente o Bichon Frisé goza de boa saúde, porem como todas as raças está predisposto a alguns problemas os mais frequentes são: Luxação da patela – Este é um problema comum em cães de pequeno porte. A patela é a “rótula”. Luxação significa deslocamento de uma parte anatômica (como um osso em uma articulação). Luxação da patela é quando a articulação do joelho (muitas vezes de uma perna traseira) desliza para dentro ficando fora do lugar, causando dor. Isso pode ser incapacitante, embora muitos cães possam levar uma vida relativamente normal com esta condição. Catarata juvenil – ao adquirir um bichon recomenda-se que consulte os registros do criador para certificar-se de que os genitores estão livres deste problema; Sensibilidade a vacinas - Os sintomas geralmente incluem urticária, inchaço facial, dor e letargia. Em casos raros, um cão sensível à vacina irá desenvolver complicações ou até mesmo morrer. Observe seu Bichon com cuidado por algumas horas depois que ele for vacinado, e chame logo o veterinário se  perceber algo incomum. Alergias – alergias podem afligir Bichons devido a várias causas diferentes, incluindo alergias de contato e alergias alimentares. Bichons também são conhecidos por serem sensíveis a picadas de pulgas. Se o seu Bichon está coçando, lambendo suas patas, ou esfregando o rosto muitas vezes, pode ser indicação que ele tem uma alergia nestes casos consulte seu veterinário.